As modificações que ocorrem no corpo da mãe ao longo da gestação incluem um aumento de volume das mamas, que vão se preparando para se transformar na fonte de nutrição para o bebê (ou bebês). A amamentação é, para a grande maioria das mulheres, uma experiência feliz e inesquecível. É um momento de grande proximidade entre mãe e filho, e traz muita alegria para ambos – satisfação e plenitude para o bebê, e gratificação para mãe que vê seu bebê crescendo saudável e satisfeito com o seu leite. No início do processo da amamentação, entretanto, são frequentes algumas dúvidas e dificuldades na pega do mamilo, no posicionamento do bebê, na frequência em que o seio deve ser oferecido, na necessidade de dar um ou os dois seios em cada vez, nos benefícios de se colocar o bebê para arrotar – enfim, diversos detalhes que devem ser abordados de forma individualizada. Para tanto, sempre procure auxílio do médico e de uma enfermeira especializada em amamentação.
A amamentação e o leite materno representam a forma ideal de atender às necessidades físicas e psíquicas do bebê, promovem crescimento e desenvolvimento adequados e contribuem na proteção contra infecções. A digestão e a absorção do leite materno são mais fáceis e rápidas do que o leite de vaca e fórmulas infantis com esse componente. Por esses motivos, a amamentação exclusiva é recomendada nos primeiros 6 meses de vida do bebê, sem a necessidade de outros alimentos, nem água ou chás. O início da amamentação logo após o parto contribui para contração uterina e redução do sangramento pós-parto. Nas primeiras mamadas, ocorre a saída do colostro, líquido de coloração amarelada e mais espesso, importante na proteção do bebê contra infecções e alergias alimentares devido à grande quantidade de anticorpos.
A apojadura ou descida do leite ocorre 24 a 48 horas após o parto, quando as mamas aumentam de volume, ficam mais pesadas e um pouco mais quentes. Para garantir uma produção adequada de leite materno, recomenda-se às mães manter uma ingestão de água acima do habitual e com bastante frequência – sempre após cada amamentação. Como o maior estímulo para a produção do leite é a sucção do bebê, é importante que ele seja colocado no seio com frequência – mas essa frequência é extremamente variável e individual (resulta de questões próprias de cada dupla mãe/bebê). Repouso nos intervalos entre as mamadas também é um aspecto importante para garantir boa produção de leite, pois a mesma pode ser afetada por fatores como cansaço ou estresse materno. Em geral, os bebês mamam cerca de 15 a 20 minutos em cada seio, mas a duração da mamada é determinada pelo bebê, sendo uma característica variável. É importante deixar o bebê esgotar uma mama antes de oferecer a outra para que ele receba o leite posterior, isto é, o leite do final da mamada, mais rico em gordura.
Muitas mulheres têm receio de apresentar lesões nos mamilos no período de amamentação. Em geral, esses problemas são acarretados por uma pega inadequada. Antes de amamentar, verifique se a aréola está macia e flexível. Se a aréola estiver endurecida devido ao acúmulo de leite, é mais difícil para o bebê sugar. Nesta condição, realize uma ordenha manual
(esvaziamento) da região areolar antes de amamentar.
Não desanime se encontrar algumas dificuldades para amamentar, a amamentação é um aprendizado diário. Vencidas as dificuldades iniciais traz muita satisfação para a mãe e para seu bebê.
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