A chegada de um novo habitante em casa é um motivo de grande alegria para toda a família. Em geral, os primeiros dias de vida do bebê em casa transcorrem com muita tranquilidade, mas, após este período alguns bebês passam a apresentar cólicas, o que causa grande apreensão entre os pais.
As cólicas são um acontecimento natural, decorrentes de uma certa “imaturidade” do intestino e agravadas pela ingestão de ar durante a mamada. A imaturidade aqui citada refere-se ao fenômeno adaptativo da capacidade do intestino de contrair-se de forma sequencial, para empurrar o bolo alimentar adiante, nos chamados “movimentos peristálticos”. Estes movimentos ocorrem de maneira pouco organizada no bebê, o que pode produzir dilatações localizadas e transitórias em determinadas partes do intestino, produzindo uma dor em pontada ou agulhada (cólica), que quase todos nós já tivemos alguma vez na vida. A dor da cólica incomoda bastante, causando choro inconsolável, com movimentos de recolhimento das pernas e contrações da barriga do bebê.
Algumas crianças apresentam as cólicas sempre no mesmo horário do dia, frequentemente no final da tarde. Existem também descrições de piora das cólicas com ingestão materna de determinados alimentos como derivados de leite, chocolates, feijão, condimentos, etc. As cólicas costumam persistir até os três meses de idade, quando vão gradualmente deixando de ocorrer.
Os medicamentos para cólica incluem alguns probióticos, medicamentos anti-gases e fitoterápicos, e sua indicação e posologia devem ser discutidas sempre com o pediatra. Aspectos da técnica de amamentação e do processo de arrotar podem influenciar nessa manifestação, e quando o bebê tem muita cólica é importante discutir com o pediatra a forma de lidar, incluindo medidas não medicamentosas como massagens, posições no colo e revezamento dos cuidadores (pai / mãe) no cuidado do bebê.
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